O que é Logoterapia?
A Logoterapia e Análise Existencial é um sistema teórico - prático criado pelo psiquiatra vienense Viktor Emil Frankl, que se tornou mundialmente conhecido a partir de seu livro "Em Busca de Sentido" (Um Psicólogo no Campo de Concentração) no qual expõe suas experiências nas prisões nazistas e lança as bases de sua teoria. De acordo com Allport, "trata-se do movimento psicológico mais importante de nossos dias". A Análise Existencial de Viktor Emil Frankl é uma linha existencial-humanística que busca, a partir de sua antropologia, ser abarcativa em sua visão de homem em todas as suas dimensões.
A Logoterapia e Análise Existencial é conhecida como a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, sendo a Psicanálise Freudiana a Primeira e a Psicologia Individual de Adler a Segunda.
O termo "logos" é uma palavra grega que significa "sentido". Assim, a "Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido" (Frankl).
"Para a Logoterapia e Análise Existencial, a busca de sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano"... "A Logoterapia é considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser orientado para o sentido". (Frankl).
O homem sempre procurou dar um sentido à sua vida e aprofundar-se em sua existência. A frustração dessa necessidade é um sintoma do nosso tempo. O sofrimento e a falta de sentido configuram o vazio existencial que muitos experimentam. Para esse mal, Frankl foi desenvolvendo durante décadas a Logoterapia e Análise Existencial.
Frankl não pretendeu "suplantar a Psicoterapia vigente, mas complementá-la e completar também o conceito de ser humano - mais indispensável às ciências do homem do que o método e técnicas corretas". A Logoterapia e Análise Existencial busca restituir a imagem do homem superando reducionismos, através de sua visão bio-psico-espiritual.
A Logoterapia e Análise Existencial do Dr. Frankl vem com a proposta de uma escola psicoterápica que pretende superar o reducionismo e condicionamentos, contribuindo com uma visão do ser humano mais completa, de um ser livre e responsável, que constrói a sua história, que se posiciona diante dos condicionamentos biológicos, psicológicos e sociológicos. Traz uma teoria mais otimista e humanizadora.
Faz uma proposta que não se limita à Psicologia, mas abrange todas as áreas da atividade humana e busca resgatar aquilo que é especificamente humano na pessoa, sua liberdade para além das circunstâncias, sua responsabilidade perante algo ou alguém e a autotranscendência como ser dirigido para além de si, aberto para encontrar sentido em qualquer situação e realizar valores.
Fonte: Sobral https://www.logoterapia.com.br/index.php?id=4
A Logoterapia é uma linha da psicologia.
Assim como existe a psicanálise de Freud, a terapia centrada no cliente de Rogers, ou a psicologia analítica de Jung, temos a logoterapia criada pelo psiquiatra vienense Dr. Viktor E. Frankl.
O trabalho da logoterapia consiste basicamente em ajudar as pessoas a encontrarem o sentido de suas vidas.
Existem dois tipos de pessoas: as que dizem sim à vida, a despeito de suas viscitudes, e as que dizem não à vida, a despeito das boas coisas que lhe acontecem. As que dizem sim geralmente senten-se satisfeitas e felizes, enquanto as que dizem não geralmente senten-se alienadas, frustradas e vazias.
É importante perceber que podemos mudar de uma atitude negativa para uma positiva.
Se formos do tipo de pessoas que dizem não à vida, seja através de atitudes, ou comportamentos inadequados, isso não significa que estejamos condenados a permanecermos assim.
A MUDANÇA É POSSÍVEL
O Dr. Frankl acreditava que para encarar a vida de maneira positiva é preciso ter consciência de que a vida tem sentido em quaisquer circustâncias, e que temos a capacidade de encontrar esse sentido em nossas vidas.
Podemos nos erguer das dificuldades, das enfermidades, do vício, da tristeza, do vazio e dos golpes do destino, se pudermos ver sentido em nossa existência.
Frankl denomina seu sistema de "Logoterapia", ou seja, a saúde através do sentido.
A logoterapia ajuda as pessoas a dizerem sim à vida, quer seu sofrimento provenha de desajustamentos em suas relações humanas, problemas com o trabalho, doença, quer pela morte de um ente querido, quer por dificuldades auto-impostas como a hipocondria ou dependência de álcool e drogas.
Não é o homem que dá sentido à sua vida, mas sim é a vida quem a todo o momento nos cobra seu sentido.
Estamos buscando sentido em nossas vidas?
Como encontrá-lo?
Onde encontrá-lo?
A logoterapia ajuda, praticamente, através de seus métodos e teoria, a responder essas perguntas de ordem existencial. Afirma que somos indivíduos únicos, que atravessamos a vida numa série de situações únicas e que cada momento oferece um sentido para preencher - a oportunidade para agir significativamente.
Isto pode ser conseguido através do que fazemos, do que sentimos, e também através das atitudes que assumimos diante dos acontecimentos, mesmo os caóticos.
O sentido da vida consiste em realizar valores
E para realizá-los é preciso conhecê-los.
Alguns filósofos existencialistas como "Sartre", entre outros, defendem que a vida não tem sentido, mas que os seres humanos precisam conduzir suas vidas de modo significativo. Portanto, nessa visão, seríamos nós quem daríamos à nossa vida o sentido que escolhessemos.
A logoterapia afirma que o sentido da vida existe, de forma incondicional, e o que nós devemos fazer é descobrí-lo.
Se déssemos nós mesmos o sentido, tomando decisões, diz Frankl, a vida seria um borrão inexpressivo, como as figuras do teste de Rorschach, nas quais projetaríamos qualquer sentido que quiséssemos.
A logoterapia vê a vida como um quebra-cabeças com uma figura escondida - semelhante ao desenho de linhas confusas formando àrvores, núvens, flores, casas, com uma legenda que diz: "encontre a bicicleta neste desenho". Temos, então, que virar o desenho em várias direções até descobrir a bicicleta oculta na miscelânea de traços.
Da mesma maneira, devemos virar nossa vida em todas as direções até encontrar o sentido.
Este sentido não nos pode ser dado pela sociedade ou por nossos pais. O psiquiatra não pode prescrevê-lo como se fosse uma pílula. Ele pode descrever respostas significativas à nossa situação, mas compete-nos descobrir o que nos é significativo.
Fonte: https://euvaldop.vilabol.uol.com.br/l.htm